sexta-feira, 28 de junho de 2013

Grupo de leitura freireana para as férias

1- MOMENTO DE SISTEMATIZAÇÃO DAS OBRAS ( Data e local para discussões e apresentações) : 

Data: 12 de julho
Hora: 15:00
Local: GEPEM 


2- APRESENTAÇÃO DAS OBRAS: 

Agenor: Cartas a Guiné Bissau; 
Gisllayne: Educação e Mudança;
Lucicleia: Professora sim, tia não;
Nicarla: Pedagogia da Autonomia;
Ramiro: Extensão ou Comunicação; 
Renato: Ação cultural para liberdade; 
Rochelle: Pedagogia do Oprimido; 
Samira: A importância do ato de ler. 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Apresentação de Trabalhos (Links e mais)

Neste espaço podemos divulgar os eventos onde vamos apresentar trabalhos.
À medida que vá surgindo alguma novidade, comentem neste tópico.



  • VIII Colóquio Internacional Paulo Freire acontecerá de 19 a 21 de Setembro de 2013 na UFPE
Cronograma inscrições:
Prorrogado 15 de julho: prazo final para envio de resumos estendidos / último dia para pagamento de inscrição com valor reduzido
15 de julho de 2013: resultado da avaliação de trabalhos
30 de julho de 2013: envio de textos completos
10 de setembro de 2013: finalização de inscrições

Mais informações: http://coloquio.paulofreire.org.br/



  • Simpósio Paulo Freire - "Atualidade de Paulo Freire Frente aos Desafios do Século XXI"ocorrerá em 07 de agosto
Inscrições: 
Mais informações: http://www.fct.unesp.br/#!/eventos/simposio-paulo-freire


  • III SENACEM - Seminário Nacional do Ensino Médio

Data: 27 28 e 29 de novembro de 2013

Cronograma inscrições:

De 15 de julho a 10 de setembro de 2013: Chamada para submissão de resumos
A partir de 01 de outubro de 2013: Divulgação dos aceites
20 de outubro de 2013: Envio do trabalho completo

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Citações referenciadas de Paulo Freire

"A auto-suficiência é incompatível com o diálogo. Os homens que não têm humildade ou a perdem, não podem aproximar-se do povo. Não podem ser companheiros de pronúncia do mundo. Se alguém não é capaz de sentir-se e saber-se tão homem quanto os outros, é que ainda lhe falta muito que caminhar para chegar ao lugar de encontro com eles. Nesse lugar de encontro, não há ignorantes absolutos, nem sábios absolutos: há homens que, em comunhão, buscam saber mais. Freire (2005, p. 93).
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2005. 


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“Renunciar ao ato invasor significa, de certa maneira, superar a dualidade em que se encontram-dominados por um lado; dominadores, por outro”. Freire (1970, p. 164)
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970.



terça-feira, 22 de maio de 2012

3. Conceitos freireanos iniciais (que foram se modificando, reformulando ou sendo substituídos ao longo da produção teórica):

    • Ação-Reflexão-Ação (Práxis)
    Para Freire, o homem é um ser histórico que modifica o meio. ao modificar... Ele aponta a necessidade da reflexão crítica sobre a prática como essencial para a modificação da realidade, onde os homens tomam consciência de si, livrando-se da condição de oprimidos, através da educação como prática da liberdade.
    A palavra não pode ser reduzida, como ele afirma, ao verbalismo, nem ao ativismo. É preciso que haja relação do pensamento com a ação, que é práxis, em busca da libertação do opressor, este que nega-lhe o direito de dizer a palavra. 
    Para Freire, o homem precisa de uma teoria que o insira na realidade, que faça-o comprovar o existente. E é através da teoria e prática que ele pode agir e refletir sobre o contexto concreto, em busca de cumprir um caráter transformador sobre essa realidade, na relação homem-mundo.
    • Conscientização
    A consciência do mundo se dá através da relação de dialogicidade entre o homem e o mundo.  Embora não pertencendo a Paulo Freire, esse vocábulo está associado ao seu pensamento pedagógico e refere-se ao desenvolvimento crítico da tomada de consciência. É a superação da consciência ingênua, a partir da consciência crítica que ocorre quando o homem se apodera da realidade, transformando-a.
    Essa modificação da realidade é o que se chama conscientização. Somente através da práxis o homem toma consciência de si, dos outros e do mundo.
    • Participação
    Esse conceito ganha em Freire uma intenção de atuação na realidade, através das relações dialéticas, coletivas, entre o sujeito e a sua realidade cultural e histórica. Também deve ser pensada enquanto integração no sentido de poder criar, recriar, decidir, intervir , desafiando a imobilidade do estar oprimido. Sendo coletiva, a participação atinge um caráter de abertura para aprender, organizar, anunciar, construindo coletivamente dentro das identidades postas, gerando situações em que o diálogo e o conflito fortalecem o elo em analisar as inquietações e problemas vivenciados, ato essencial para pensar a mudança em beneficio da igualdade entre os homens.
    • Diálogo
    A dialogicidade vem promover o encontro do homem com o mundo, pronunciando-o através da palavra dita, permitindo-lhe ganhar significação. O diálogo não pode reduzir-se a um ato de depositar ideias de um sujeito ao outro, muito menos como uma simples troca de ideias. Na verdade, precisa ser vivida através da interação entre os sujeitos, num ato de criação.
    Se o diálogo é uma relação de A com B, nutrindo-se de amor, humildade, esperança, fé e confiança, o anti-diálogo se mostra numa relação de A sobre B, refletindo a não humildade, a acriticidade, a arrogância e a auto-suficiência.
    • Assistencialismo
    Caracteriza-se numa variante da ação em que apenas se aliena, já que se deposita dados e conhecimentos, mostrando-se desinteresse no dialogar, sobrepondo-se ao que o outro sabe, cortando a iniciativa e promovendo a dependência dos sujeitos . É, em suma, um rompimento ao processo de conscientização, inviabilizando a libertação da pronúncia.
    • Processo de Transição/Transitividade
    É um período de busca da plenitude, é uma constante... Esse significado, em Freire, nutre-se num processo histórico, com vistas a ser precedente, circular, global.
    Segundo Freire, nos processos de transição, o caráter preeminentemente estático da “sociedade fechada” dá lugar, progressivamente a um dinamismo que se apresenta em todas as dimensões da vida social.
    No momento em que o sujeito chega a uma reflexão mais aprofundada nas dimensões da vida social, aproxima-se também, cada vez mais, do esclarecimento das facetas da desigualdade em sua história. Então, essa transitividade torna-se uma superação quando se pensa em dar vazão ao conhecimento outrora estático.
    • Educação: instrumentalização e conscientização
    • Crítica ao formalismo pedagógico da escola
    • Papel da escola nos projetos de mudança e emancipação da sociedade
    Freire propõe uma educação que promova o desenvolvimento de sujeitos capazes de intervir na realidade criticamente, transformando-a através da reflexão-ação, preparando-os para os desafios do mundo globalizado. Cabe a ela propor aos sujeitos uma educação problematizadora, onde os sujeitos poderão transformá-lo e não se adaptar a ela. 
    • Visão do bem comum e da massificação
    • Educação Bancária
    • Tema Gerador
     O conteúdo programático da educação é encontrado na realidade mediatizadora, na consciência do homem sobre o mundo. Freire afirma que além de possibilitar sua apreensão, a investigação sobre o tema gerador insere ou começa a inserir os homens numa forma crítica de pensarem o mundo. Portanto, ele não se encontra no homem isolado da realidade, nem na realidade separado do homem. Mas só pode ser compreendido nas relações homem-mundo.
    • Investigação Temática

    2. Influências teóricas ao pensamento de Freire:

    A partir dos estudos concretizados compreende-se que o pensamento de Paulo Freire é múltiplo e está sempre em evolução; nesse sentido, considera-se que no decorrer de sua vasta produção teórico-prática, o autor sofre várias influências. Dentre elas destacam-se:
    Cristianismo
    Sobre a influência cristã, destaca-se a relação entre a ideia conhecida como ver – julgar – agir e o conceito freireano de ação – reflexão – ação: a orientação católica conhecida como ver-julgar-agir foi adotada no início do século passado pela Ação Católica e veiculada especialmente pelo Conselho Mundial das Igrejas. Nesta perspectiva ver seria o estudo da situação concreta; o julgar seria a apreciação da situação à luz de princípios e diretrizes bíblicos; e o agir, o exame das possibilidades de aplicação desse princípio na situação.
    Humanismo: O existencialismo cristão e o humanismo por seu compromisso com a humanização (ou com um humanismo verdadeiro).
    Fenomenologia:
    A Fenomenologia hegeliana influencia o pensamento de Paulo Freire pela dimensão subjetiva da construção do conhecimento e da intervenção na realidade; especialmente no que diz respeito à compreensão do papel da consciência no processo de emancipação.
    Marxismo:
    A contribuição marxista relaciona-se a dimensão social do conhecimento e da ação. Esta referência permitiu a Freire compreender a construção do conhecimento e a conscientização como uma ação iminentemente coletiva, embora desenvolvida por cada pessoa, subjetivamente. Uma construção teórica historicamente situada e concatenada às intervenções de um sujeito-autor que pretendia não apenas conhecer, mas conhecer para transformar.
    A compreensão marxista do caráter social da condição humana permitiu ampliar a visão da ação educativa como processo social, o que pôde se traduzir em construções teóricas do tipo “ninguém educa ninguém; ninguém se educa sozinho”. Neste sentido, as orientações pedagógicas freireanas convergem diretamente às orientações marxianas, para as quais a educação não é algo pronto a ser imposto, mas um processo relacional no espaço-tempo, que se constrói no diálogo entre os atores envolvidos. Por ser um fenômeno eminentemente social, responde às condições sociais e está para além delas, de modo que, ao mesmo tempo em que reproduz cenários de desigualdades, permite a emancipação social.

    1. Contexto da fase inicial da produção intelectual de Paulo Freire (Brasil, antes do Golpe Militar de 1964):

    Questão política e cultural:
    • Pacto populista
    • Visão desenvolvimentista
    • Crescente disposição para a participação popular


    Questão educacional:
    • Analfabetismo